AVALIAÇÃO DOS TRATAMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS NA DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA: uma revisão sistemática
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Data
2022-06-10
Autores
Santos, Andreíza Maria da Silva
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Editor
Unilavras
Resumo
A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) do membro inferior provoca complicações relacionadas ao quadro isquêmico característico como claudicações e dor intermitentes (CI) em casos mais leves, dor contínua e perda de função nos mais graves. Estudos recentes demonstram benefícios do exercício físico para o controle da DAOP, mas não há um consenso sobre quais as intervenções. Objetivo: Avaliar os tratamentos fisioterapêuticos disponíveis para DAOP, determinar a terapêutica mais benéfica para a melhora clínica, funcional e da qualidade de vida e identificar a melhor intervenção para cada nível de gravidade da DAOP. Método: Trata de uma revisão sistemática e as bases de dados eletrônicas consultadas foram: PubMed, MEDLINE, Embase, Cochrane, LILACS e PEDro. Foram incluídos ensaios clinicos randomizados publicados no período de 2011 a 2022, no idioma português, inglês e espanhol. Os critérios de inclusão foram: indivíduos adultos de ambos os gêneros com diagnóstico clínico de DAOP tratados com terapia por exercício e estudos que obtiveram nota igual ou superior a 5, na escala PEDro. Resultados: Após pesquisa nas bases de dados 1026 artigos encontrados apenas 8 estudos foram incluídos. Com um total de 1214 participantes a maior parte do gênero masculino com média de idade igual a 67,3 anos ±8,8. As técnicas fisioterapêuticas encontradas foram: terapia de exercício supervisionado, exercício não supervisionado, intervenção cognitivo comportamental, uso da estimulação elétrica funcional como coadjuvante no exercício de caminhada e exercícios de bombeamento. Os programas de reabilitação que demonstraram mais eficiência para a avaliação e melhoria da CI foram aqueles que utilizaram a marcha até a instalação da dor máxima. E os resultados confirmam que a terapia por exercício supervisionado é baseada na caminhada, sendo ela, a alternativa mais utilizada e bem implantada no manejo da DAOP. Conclusão: A terapia por exercício é o padrão ouro no manejo da DAOP, pois melhora o desempenho deambulatório, aumenta a distância de início dos sintomas e na distância total percorrida, bem como melhora a qualidade de vida. A caminhada foi a estratégia terapêutica de maior representatividade, mas a cicloergometria apresenta resultados semelhantes. Além disso, o exercício resistido influencia positivamente na melhora funcional na DAOP. Assim, cabe ao fisioterapeuta avaliar a melhor estratégia para cada paciente.
Descrição
Palavras-chave
Reabilitação Fisoiterapêutica , Doença Arterial Obstrutiva Periférica , Exercícios Físicos