PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES DIAGNOSTICADAS COM SÍFILIS GESTACIONAL EM UM MUNICÍPIO DO SUL DE MINAS GERAIS

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Data
2024-10-25
Autores
Cirino, Andressa Garcia
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Editor
Fundação Educacional de Lavras
Resumo
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) provocada pela Treponema pallidum, uma bactéria que ao infectar o ser humano ocasiona diversas manifestações clínicas e pode se encontrar em diferentes estágios. A transmissão se dá por meio de relação sexual sem o uso de preservativo masculino ou feminino, além da possibilidade de contaminação do bebê durante a gestação ou parto, conhecida como transmissão vertical. Já a transmissão vertical acontece via placentária em qualquer estágio clínico da infecção e idade gestacional, devido à falta ou tratamento inadequado durante a gravidez. Objetivo: Analisar as variáveis contidas nas notificações compulsórias de Sífilis em Gestante de uma cidade no sul de Minas Gerais e traçar o perfil epidemiológico deste grupo. Método: Tratou-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado a partir do estudo de coorte não concorrente. Foram utilizados na pesquisa as fichas de notificação compulsória de sífilis em gestantes, no período de 01 de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022 e que o desfecho da gestação tenha ou não resultado em sífilis congênita. Os dados foram obtidos por meio de um instrumento elaborado para análise das notificações compulsórias de sífilis em gestante, contendo as variáveis a serem estudadas. Resultados: A pesquisa apontou que a média da idade das gestantes notificadas com sífilis gestacional foi de 24 anos, eram pardas e possuíam ensino médio completo. Em relação à ocupação das gestantes 47,62% eram “do lar”. A idade gestacional no momento da notificação foi majoritariamente no primeiro ou terceiro semestre gestacional. Predominantemente, realizaram o pré-natal no município de Lavras-MG (69,05%) e foram notificadas na Santa Casa de Misericórdia de Lavras (69%). Das gestantes notificadas 80,94% realizaram o tratamento. Em relação ao parceiro, apenas 40,48% fizeram o tratamento adequado. Enquanto aos desfechos das gestações, 69,05% evoluíram para sífilis congênita. Conclusão: Com base nos resultados traçados pelo perfil epidemiológico de sífilis gestacional, por meio das variáveis em comum de gestantes com resultado positivo, foi possível identificarmos que estão em concordância com estudos já realizados à nível nacional. Para além, conclui-se que é de suma importância que ocorram intervenções de Enfermagem em conjunto com a Rede de Atenção à Saúde para auxiliar na prevenção, tratamento e minimização de casos, ofertando assistência integral às gestantes, os recém-nascidos e os parceiros que possam ser acometidos pela patologia.
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Palavras-chave
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Gestação; Sífilis; Assistência pré-natal; Enfermagem obstétrica; Saúde da mulher.
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