A FRAGILIDADE DA SUSTENTAÇÃO DO CONCEITO DE ATO INSEGURO

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Data
2020-11-28
Autores
Silva, Karen Santos
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Editor
Fundação Educacional de Lavras
Resumo
Acreditar que um acidente de trabalho tem apenas duas causas, o “ato inseguro” ou a “condição insegura” é uma forma simplista e ineficiente de concluir um relatório de acidente do trabalho. Percebe-se que este conceito, que atribui a culpa ao trabalhador prevalece na classificação dos prepostos da empresa que tem a função de analisar e elaborar os relatórios de acidentes do trabalho, e também, na grande parte dos estudos realizados por pesquisadores relativos ao tema. A conclusão de tornar a vítima do acidente de trabalho em culpado, tende a descaracterizar a culpa da empresa e de seus prepostos. No presente artigo foram analisados 311 acidentes de trabalho ocorridos em uma empresa do setor sucroalcooleiro, referentes aos anos de 2017 e 2018, sendo que destes, 196 acidentes foram caracterizados como “atos inseguros”. A análise foi feita utilizando a ABNT NBR ISO 31000 (2009) e que sugere a ferramenta Root Cause Analysis, que tem como objetivo identificar causas ocultas nos acidentes relatados. Assim, buscou-se na legislação brasileira e nas normas técnicas um arcabouço teórico para a análise. Como demonstrado, as análises concluídas como “ato inseguro” são frágeis e inconsistentes. Como resultado, foram evidenciadas causas raízes de acidentes de trabalho que possibilitaram a descaracterização do conceito original de “ato inseguro” definida pela empresa.
Descrição
Palavras-chave
Análise de Acidentes , Acidentes do Trabalho , NBR ISO 31000 (2009) , Condição Insegura de Trabalho
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