Espaço casulo: a arquitetura no auxílio ao tratamento da dependência química

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Data
2019-11-28
Autores
Gama, João Víctor Lima Queiroz
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Editor
Fundação Educacional de Lavras
Resumo
A questão da droga no Brasil se intensifica cada vez mais, se tornando um grande perigo para saude pública. Segundo levantamento nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), em 2013, pelo menos 28 milhões de pessoas no Brasil tem algum parente toxicomâno. Em estudos feitos pela revista Exame, em 2018, o país enfrenta enorme crescimento de usuários de drogas, culminando em buscas por clínicas de recuperação relacionadas ao tema. É sabido que, em território brasileiro, os números de clínicas não comportam a quantidade alarmante de toxicomânos. Ao mesmo tempo, percebe- se que a grande maioria das instalações destinadas ao tratamento de dependentes químicos são edificações adaptadas para tal fim, não aproveitando o auxílio da arquitetura para tornar o ambiente mais propício à reabilitação do paciente. A partir da análises realizadas, chegou-se à conclusão que o projeto será implantado em Barbacena, visto que a cidade se encontra em uma região que privilegiará muitos municípios em seu entorno e por não apresentar espaços bem estruturados para atender tamanha demanda. Barbacena é um município mineiro, localizado na Serra da Mantiqueiro, a 169 km de distância de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, com território aproximado de 759,19 km² e cerca de 136.689 habitantes, segundo estimativa feita pelo IBGE em julho de 2017. É conhecida popularmente como ”cidade das rosas”, pela famosa produção da flor, e também como ”cidade dos loucos”, devido ao hospital psiquiátrico que lá havia e os eventos ocorridos no mesmo, que trouxeram um marco histórico para a cidade. CONCEITO E PARTIDO O conceito adotado no projeto foi o da metamorfose, relacionando a mudança ocorrida com os animais ao evoluírem e a mudança de vida dos toxicomânos ao se afastarem das drogas. Quando os bichos sofrem essa transformação, no caso de alguns, como a joaninha e a borboleta, eles criam um casulo que serve de abrigo e proteção, para que passem por uma espécie de reciclagem, eliminando parte do corpo e criando novos orgãos. Na obra, essa metamorfose é uma metáfora ao tratamento de um dependente químico, em que ele passa por uma evolução mental e espiritual, onde o casulo se torna a edificaçao, protegento o paciente de qualquer interferência externa, proporcionando sensações que favoreçam o resultado desejado, através de solulções arquitetõnicas. Com isso, as plantas foram elaboradas de forma com que a privacidade seja um ponto forte do local, ao mesmo tempo com que a natureza esteja sempre presente, bem como iluminação e ventilação natural.
Descrição
Palavras-chave
Projetos Arquitetônicos , Clínicas
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