INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA LAVRAS-MG 2021
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Data
2021-06-18
Autores
Cruz, Isadora Aparecida
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Editor
Fundação Educacional de Lavras
Resumo
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença degenerativa que afeta o corno anterior da medula, gerando a morte do neurônio motor de forma rápida e progressiva. A doença afeta atividades de vida diária, devido ao declínio funcional, tornando o paciente muito dependente. Com a evolução da doença, ocorre fraqueza dos músculos respiratórios, o que prejudica a ventilação e a proteção do sistema respiratório, sendo a principal causa da mortalidade nesta população. O tratamento da ELA requer uma equipe multiprofissional para evitar complicações respiratórias e melhorar a qualidade de vida. Objetivo: Verificar os tratamentos fisioterapêuticos disponíveis para ELA e determinar qual tipo de intervenção terapêutica é a mais benéfica para a melhora clínica e funcional destes indivíduos. Método: As bases de dados eletrônicas pesquisadas: Google acadêmico, LILACS, PEDro, PubMed e SciELO. Foram inclusos artigos durante os anos de 2010 a 2020, com os critérios de inclusão: texto na íntegra, população-alvo (adulto), intervenções (atuação fisioterapêutica), tipo de estudo (ensaios clínicos randomizados) e idioma (português, inglês e espanhol), que relacionavam o tratamento fisioterapêutico em indivíduos com diagnóstico clínico de ELA e que obtiveram nota igual, ou maior que 5, na escala PEDro (parâmetros que avaliam a qualidade dos estudos). Resultados: Foram encontrados 66 artigos e apenas quatro respeitavam todos os critérios. O total de 105 participantes foram analisados com média de idade 60,6 anos. As técnicas fisioterapêuticas encontradas foram: recrutamento do volume pulmonar (RVP), técnicas manuais e instrumentais de tosse, treinamento muscular inspiratório (TMI). Os beneficios encontrados foram: melhora da capacidade de tosse e eliminação de secreção, desobstrução das vias aéreas, melhora da função pulmonar, melhora na capacidade de esforços de tosse, produzindo pico de fluxo de tosse eficiente. No estudo onde a conduta foi treinamento muscular inspiratório (TMI), mostra que essa conduta melhora a resistência e a força em outras doenças neuromusculares. Não houve quadro de internações. Somente 1 estudo descreveu que 3 pacientes desenvolveram pneumonia e um evoluiu para óbito. Conclusão: A fisioterapia tem um papel importante no tratamento da ELA. Porém, existem poucos estudos clínicos para uma melhor comprovação das intervenções da fisioterapia respiratória com esses pacientes.
Descrição
Palavras-chave
Esclerose Lateral Amiotrófica , Doenças Neuromusculares , Sinais Clínicas da ELA , Fisioterapia Respiratória