EFEITOS DO MÉTODO PILATES EM ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO

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Data
2019-09-13
Autores
Gouveia, Andressa Murari
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Editor
Fundação Educacional de Lavras
Resumo
O método pilates diferencia-se de outros tipos de exercícios pela sua abordagem global, que beneficia a fisiologia do corpo que combina com a mente, buscando alcançar o correto alinhamento corporal. Envolve técnicas de exercícios de condicionamento físico e mental, que visam trabalhar força, alongamento e flexibilidade, mantendo as curvaturas do corpo e tendo o abdômen como centro de força. O esporte exige dos atletas fatores como controle motor e conhecimento adequado do gesto esportivo, e quando de alto rendimento envolve atividades que exigem excelentes níveis de preparação física e mental, sendo bastante desgastante. A prática intensa do esporte provoca um aumento considerável nas incidências de lesões nos tecidos, provocando dor e baixo desempenho físico do atleta, gerando um alto estresse. Objetivos: Analisar os efeitos do método pilates na dor, risco de lesões e reação ao estresse crônico no esporte em atletas de alto rendimento. Método: A amostra foi composta por 12 atletas da Seleção Brasileira de ginástica aeróbica (alto rendimento), a qual realiza seus treinamentos no Departamento de Educação Física (DEF) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), selecionados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Utilizou-se: Ficha de avaliação Pilates; Questionário de prontidão para o esporte com foco nas lesões musculoesqueléticas (MIR-Q); Versão brasileira do Questionário McGILL de dor (Br-MPQ) e Questionário de Burnout para atletas (QBA). Os atletas foram submetidos a um programa de exercícios de pilates no solo em 8 semanas e 3 sessões semanais, de 45 minutos. Ao final, todos os questionários foram reaplicados. Resultados: A amostra final foi composta por 8 atletas com idade média de 22,4 anos (±4,6), de ambos os sexos. Quando questionados acerca dos objetivos com a prática do método pilates, 87,5% dos atletas tinham como objetivo melhora postural e reabilitação, 75% melhora da mobilidade articular e prevenção, 50% melhora do equilíbrio, tratamento, flexibilidade e força muscular e 37,5% melhora da qualidade de vida e condicionamento. Em relação ao histórico familiar, estava, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), o diabetes (62,5%) e as disfunções respiratórias (37,5%), além do alcoolismo (25%) e hipotireoidismo (12,5%). Após as 8 semanas, observou-se melhoras significativas na avaliação funcional (p= 0,011), isometria anterior e posterior (p=0,012), isometria prancha lateral direita e esquerda (p=0,011), Questionário McGILL de dor (Br-MPQ) (p=0,042) e Questionário de Burnout para atletas (QBA) (p=0,011). Apenas o MIR-Q não foi significativo, ou seja, permaneceu o mesmo antes e depois das sessões aplicadas (valor de p>0,05). Conclusão: O programa de exercícios teve efeitos significativos na funcionalidade, melhora da dor e reação ao estresse crônico no esporte em atletas de alto rendimento. Para o risco de lesão não foram encontrados resultados significativos.
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Palavras-chave
Atletas , Lesão , Esportes , Pilates
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