DESFECHOS PERINATAIS DE GESTANTES COM SÍNDROMES HIPERTENSIVAS ACOMPANHADAS EM UM SERVIÇO DE PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO

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Data
2021-11-23
Autores
Marques, Nathália Pereira
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Editor
Fundação Educacional de Lavras
Resumo
Embora a gestação seja considerada um fenômeno fisiológico, se desenvolvendo na maioria dos casos sem intercorrências, há uma probabilidade de surgirem complicações com evolução desfavorável. Tais complicações podem ser originadas de um agravo durante a gravidez ou devido a doenças preexistentes, ocorrendo, nesses casos, uma gestação classificada como de alto risco. As chamadas Síndromes Hipertensivas da Gravidez, são as complicações que no Brasil elenca a primeira causa de morte materna. Objetivo: Especificar as Síndromes Hipertensivas Gestacionais mais prevalentes e os desfechos perinatais de gestantes acompanhadas em um serviço de pré-natal de alto risco. Método: Tratou-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado a partir do estudo de coorte não concorrente. A pesquisa foi realizada no CEAE na cidade de Lavras/MG. Foram utilizados no estudo os prontuários de gestantes atendidas no pré-natal de alto risco, no período de 1º de janeiro de 2019 a 01 de janeiro de 2020, que o desfecho da gestação tenha acontecido até o mês de setembro de 2020. Os dados foram obtidos por meio de um instrumento elaborado para análise dos prontuários, contendo as variáveis a serem estudadas. As variáveis quantitativas foram descritas como mediana, 1º quartil (1ºQ) e 3º quartil (3ºQ), valor mínimo e valor máximo; já as variáveis qualitativas, pela frequência absoluta (n) e frequência relativa (%). Resultados: A pesquisa apontou que as gestantes tinham idade média de 29 anos, eram solteiras e possuíam ensino médio completo. Iniciaram o pré-natal no CEAE em média com 19 semanas e 4 dias e 45,6% realizaram mais de seis consultas. Quanto ao histórico obstétrico, a média de gestações anteriores foram de duas. A Síndrome Hipertensiva Gestacional prevalente foi a HAS, sendo que 23 mulheres tinham outras patologias associadas. No decorrer da gestação 10% das mulheres mantiveram os níveis pressóricos elevados, 4% apresentaram sangramentos, 6% ITU e 18% outras intercorrências. A maioria das gestações tiveram seus desfechos por meio de cesariana (14%), que aconteceram a termo, 2% foram partos normais e 84% não continha a informação sobre via de parto no prontuário. Conclusão: As taxas de morbimortalidade perinatal e de prematuridade foram inferiores ao do território nacional, assim podemos inferir que um acompanhamento pré-natal adequado e no nível de assistência adequado podem ser indicadores de qualidade. E conhecer o perfil sociodemográfico e obstétrico das gestantes estratificadas como de alto risco, devido às Síndromes Hipertensivas Gestacionais, pode contribuir para a efetividade das políticas públicas de assistência pré-natal.
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Palavras-chave
Gravidez de Alto Risco , Assistência Pré- Natal , Hipertensão Induzida pela Gravidez , Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento
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